[...] porque farei de mim uma armadura, uma armadura com passagens secretas, quase impenetrável.
farei de mim um escudo contra tudo o que fizer mal, ou pior, tudo aquilo que me deixar mal.
farei de mim um absoluto espaço de reflexão, de silêncio, de força bruta e sensata.
quero uma paz que invade a alma sem piedade, e um amanhecer que desdobre a mente em cores fortes, que dê vida ao anoitecer.
quero ser a chama viva dos textos ligeiros, e de minhas poesias quero ser a dama.
prefiro o cálice amargo por hora, ao doce mel que passa.
quero reiventar a mente insana, e da loucura humana quero mendigar a ferida que sem dor, apenas sara.
quero fogo e aventura, quero vontade e doçura, e quero ir além dos meus pés, quero caminhar nas alturas.