quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eu sou a felicidade da minha infância


Da minha infância:

Me tragam, daquelas arvores de águas passadas as doces lembranças e as manhãs ensolaradas;
Me tragam, das estradas esburacadas aquelas pegadas que de longe vejo rabiscadas de sorrisos e festim;
Me tragam, do pensamento encoberto e empoeirado do tempo deixado, o abafado de anos afastados, mas que permanece vivo dentro de mim.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

" A verdadeira sabedoria humana se concentra na mente daquele que sabe viver a sua vida de acordo com os prazeres ditado pelo seu coração "

K.Vieira

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Arranca do peito os destroços, e deixa o tempo levar as saudades que machucam.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

" Eu até posso frear as minhas ações, mas nunca poderei evitar que elas falem por mim ".
K.Vieira
"Nossas tristezas podem ser acalmadas com dois toques e um aperto de mão, dois acordes e um violão". 
K.Vieira

Fragmentos

Rompem-se, quebram-se as barreiras e tornam-se livres.

...e pelo mesmo motivo, que não consigo dizer em palavras, nos esbarramos pela vida. E dentro daquele silêncio de segundos circunstanciais, eu apenas quis ser livre e voar para dentro do teu olhar.

K.Vieira

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Todo adeus tem realmente um ponto final.

Dediquei alguns dias em silêncio comigo mesma antes de escrever algo aqui, e principalmente, pra que não fosse frases que logo depois de dizê-las eu pudesse voltar atras, pois me nego a aceitar que são pessoas, e não sentimentos, que têm fim em nossas vidas. 


As vezes, não precisamos de muito tempo pra reconhecer certo tipo de dispensa, o que nos toma tempo é aceitar que tem que haver um fim, quando algo não tem continuidade ou sequer começo é imaginável ficar a insistir, mas nós temos essa capacidade de fazê-lo, infelizmente.
Inevitavelmente o sofrimento não pode ser separado do amor, mas não nasceu para habitar a alma do homem, que é tão secular em suas manias e manobras contra a vida. E foi nesse enigma imbatível e até impossível de decifrar que me decidi a escolher entre seguir, estacionar ou insistir, percebi que todas as opções me levavam ao mesmo caminho, a solidão, o que me mostrou claramente que no fim, dentro desse contexto e dessa história, no fim, sempre me encontraria sozinha, então, decididamente, eu apenas não quis ter mais trabalho e resolvi escolher um caminho, não o mais fácil, mas diante das circunstancias, o melhor para mim, não o menos doloroso, não há como sair sem dor nisso tudo, mas chegou a hora de sair, e é apenas isso que estou fazendo, saindo, caindo fora, virando a página. 



...eu termino por aqui, não vejo meio mais moderno e convencional para a atualidade.
Eu termino, mas por medo ou pena de mim, deixo a minha frase em aberto, para que tu, que de anseio não sentiu nada, que de desprezo afogou a minha alma; para que tu saibas que esperei, vivi dias intermináveis esperando por você.
Mas hoje, especialmente hoje, não posso mais ficar.
Tenho outros dias, também intermináveis, pela frente.
É que na dança infinita da paixão sempre há algo que nos convida, nos emociona, e nos dá novas oportunidades diariamente, a novos encontros, ao novo amanhecer em par.


Tenho outros dias, intermináveis, pra viver! 

quinta-feira, 21 de julho de 2011

...

Farei uma canção pra aliviar a minha dor,
Farei uma rima pra dedicar o meu amor.


Agora, preciso de tempo pra que isso aconteça,
Agora, as palavras me deixaram vazia.


[ outrora eu recrio outra companhia ]

Renúncia

Sei que minha alma ainda suporta, mas já estar a reclamar.
E eu sei que eu poderia aguentar mais uma vez, mas não posso (me) exigir mais peso, nem questionar a quantidade de desprezo que já suportei.
Meus dedos calejados trazem a marca do meu esforço, e junto deles, meu pensamento sufocado traz a tatuagem da minha insistência.
Eu estaria pronta pra mais uma batalha, uma guerra inteira, mas a minha consciência tem plena certeza que não adianta mais lutar, já foi me dada a sentença, me basta aceitá-la, entender que, de você, nunca ganhei nada além do que podias me dar.
Então, eu renuncio a essa dor que amarga o meu peito, eu renuncio todo o sofrimento que tenho passado.


" Agora, em sã consciência, e na minha plena faculdade mental, eu renuncio.
Eu renuncio o desejo que não tem volta.
Eu renuncio o doar sem segundas intenções.
Eu renuncio o querer abstrato e sem malicia.
Eu renuncio toda e qualquer paixão que não exige nada em troca.
Nunca fui egoísta, nunca quis nem imaginei um mundo só pra mim, mas hoje, me recuso a não ter um lado ambicioso e individual, pois não quero mais o silencio dos que amam sem nutrição.
E ainda que seja com o peito carregado de dor, agora, eu prefiro a solidão ".

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Feliz dia do Amigo

- Por que ter dia do amigo, se amigo que é amigo não precisa ser metido e descobrido???

"Amigo, meu parceiro, não tem hora pra lhe ouvir, lhe atende de madrugada, e ainda estende o ombro cansado pra você encostar(chorar).
Amigo, meu caro, não tem papas na língua, fala sempre a verdade, mas com todo um cuidado pra não nos magoar. Sempre dar um jeito de nos deixar bem, de qualquer forma, e em qualquer lugar, estar do nosso lado(mesmo que seja em pensamento).
Amigo, meu jovem, não tem apreço a presentes, mas adora se lembrar de datas, tem apego a coisas simples que lembre sempre da gente.
Amigo, meu companheiro, é aquele que te ouve mesmo que esteja num dia péssimo. É aquele que te estende a mão, ainda que as suas estejam ocupadas, cheias de calos e pesos.
Amigo, meu amigo, é você, que distante ou perto, ainda insiste em me dizer, que somente a verdadeira amizade ultrapassa o tempo.
E ainda mais verdadeiro que as paixões carnais, a amizade é o amor revertido de companheirismo e paciência, é o laço mais doce entre os corações humanos".

À todos que escolhi e me escolheram como amiga, dedico meu apreço e carinho. Um saudoso abraço aos momento divididos, aos pensamentos gastos, a tudo que foi vivido, e que tudo isso possa se prolongar, ainda que na distancia, ainda que na falta um do outro.

Amizade que é amizade se perpetua dentro da eternidade e do rumo que as vidas tomam na distancia do tempo.


K.Vieira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Armadilhas

Hoje, amanheci com o reflexo manchando o espelho, assinalava um pedido de calma, de espera e cautela. E depois de tantas dúvidas resolvi parar, resolvi ouvir meu interior e frear toda essa entrega.
As vezes me sinto só, mesmo tendo um imenso mundo dentro de mim, mas não me vale muito o mundo interior.
As vezes o que precisamos não tem nome, não tem cheiro, nem forma, mas é concreto demais pra ficar isolado dentro de um gesto desgostoso, ou de uma ação fria sem intenção.
Caminhar sozinha numa estrada cheia de armadilhas nos faz prisioneiro de um medo e terror, daí surge a necessidade da companhia.
E hoje, depois de tantos dias em plena sintonia com o seu elo distante, essa sua saudade me deixou assim, totalmente insegura.

Não preciso de um peito aberto para adentrar a madrugada me ouvindo chorar.
Não preciso de um ouvido sensível que ouça minhas lamentações calado, e sem reflexões imediatas me faça parar.
O que preciso é algo mais simples, mais fácil.
Preciso de uma companhia simples, alguém que esteja disposta a sentar ao meu lado, e juntas, tocarmos a lua, caminhar pelas estrelas.
Preciso de alguém que saiba sorrir, indiscutivelmente saiba me encher o peito de alegria, de felicidade sem pressa, de amor sem preço.

Talvez eu exija demais por algum tempo, ou talvez eu aprenda a conviver com seus defeitos, ausências, saudades.
Mas hoje, hoje eu precisei muito da sua voz meio distante, da sua companhia intercalada, do seu riso sem compromisso, do seu jeito encabulado de falar.
Quem sabe um dia aprendo a melhorar a minha espera, a dozar toda essa carência que tenho de me doar.
Ou quem sabe, algum dia, eu amanheça cansada, pegue minhas malas pesadas, meus desejos desgastados, e resolva encarar, sozinha, as armadilhas do caminho, sem os seus passos calados para me guiar, sem voltas, sem meios e fins, e sem seus rastros.

sábado, 11 de junho de 2011

No pesar da meia noite

" Que essa minha insatisfação do hoje possa anteceder a bonança do amanhã "

Não entendo toda essa pressa e agitação dentro do meu peito, ele bate acelerado por gostos que sequer conheço, são compassos desordenados de solidão, direções imperfeitas da metade inacabada da insatisfação.
E eu insisto em dizer: "ela bem que podia me querer";
Seria mais simples, mais fácil de lhe dar com tudo isso, com essa apreensão que toma conta dos meus passos, com as incertezas que inundam minha mente no pesar da meia noite, e com o laço que condena os meus dedos entre os teus, tão distantes.

São fios invisíveis e traiçoeiros que me deixam amarrados a você.

Quando me perco entre os meus pensamentos nos teus, eu simplesmente não me enxergo diante de tudo que me torno.
De repente, sou apenas um ser que anda sem uma direção exata, sem precisão alguma de onde quer ir e qual direção tomar, vou sem rumo, e sem a mínima sensatez caminho.

Me deixei ser livre, e dentro da liberdade me prendi em você.

Acordei com uma dúvida enorme dias atrás, e senti pena de mim mesmo.
Por alguns instantes, cansei de vagar em meio ao vento, sentei em um pequeno banco e comecei a recordar de um acertos e erros, não sei se por desgosto ou comoção, apenas me deixei sentir.
Há quem diga que o homem só ama uma vez, e reavaliando esse contexto histórico, social e cultural, digo que concordo, de certa forma há argumentos fortes para se dizer isso.
Nas primeiras vezes que nos dizemos apaixonados, a gente se deixa enganar, se deixa levar pela perfeição escondida dentro do imperfeito.
Na paixão, o coração entra em ebulição constantemente, bate como se fosse pular pra fora da gente, quase nos fazendo perder a noção, mas daí tudo passa, acaba, nada resta, não sobra nada, sequer saudade.
E isso não pode ser amor.
E o que é amor então?
Pela calmaria que as coisas acontecem descreverei pôs o que oportunamente creio que o seja.
É algo que começa quando o coração está calejado de sofrimentos e pelejando sacrifícios de cura, a vida, o tempo, ou destino, chamem como quiser, eu escolhi chamar de acaso, então é o acaso que nos surpreende, nos ensinando pausadamente do que é feito esse sentimento.

São compostos inalteráveis, regulados pelo gosto do nosso paladar.

Acontece assim, a gente acorda com o pensamento cheio de graça, com um contentamento desconforme e sem medida, um sorriso gostoso estampando a face, e no peito uma sequência de batidas desordenadas, ar ofegante e uma vontade louca de apenas ser feliz.
Coisas assim não acontecem sempre, tampouco com qualquer um, então acredito que posso chamar isso de amor.
Por que o amor é feito canção que embala os ouvidos, e depois, quase que impregnando a mente, nos faz repetir automaticamente as frases finas que ficaram em nossa cabeça.

O amor é a reprodução de um conjunto de emoções que invadem a alma.

Me sinto assim toda vez que me permito pensar em você, aliás, isso não convém a minha permissão, simplesmente me vens a cabeça, e pronto, a partir desse momento me encontro muito mais em sintonia com os astros do que com a terra que ficam meus pés ao chão.
Sua imagem me consome como o clarão do sol que banha as manhãs de verão, como as estrelas que do alto brilham transformando em beleza o opaco do céu.
Me sinto tão bem, e isso me propõe sempre a cortejar as flores, deleitando-me sob os jardins, com a trilha pitoresca dos pássaros que voam e cortam o anil do alto.
E sob esse céu, que de imenso, não mais nos separa, nos aproxima, se tornando meu e teu.

domingo, 5 de junho de 2011

Sementes


Ontem, escutando os pássaros enquanto comiam seus míseros grãos, me veio a cabeça a utilidade da semente, não apenas como nutriente que germina o futuro alimento, mas como a vida que brota do anonimato e da inércia da existência, pobre matéria sem cor.
Que mesquinhos somos nós, selvagens que aprendendo a ser livres, esquecem da sua verdadeira condição, fadados a atos e escolhas próprias, sem arbitrariedade e subversão.
Então, contenho meus pensamentos que saem a procura de meios mais fáceis pra sobreviver, possuir uma vida com textos menos enfáticos e audaciosos, que apenas sejam leves e só um pouco exigente, sem medo do retorno ou de não tê-lo.
Somos como as sementes, que não sabem pra que fim existem, ou pra que serve afinal a sua utilidade de venda.E assim como as sementes, poderíamos apenas germinar e originar boas árvores, e como num ciclo de subsistência real, ser abrigo de ninhos, ninhos de amor, sem forma, sem corpo, sem jeito, do amor puro que nos deu Deus, quando nos dias da criação, soprou de suas narinas e nos abençoou.

by:KarineVieira

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Caos

Eu só espero que o tempo me liberte
desse medo enclausurado de permanecer
com um silêncio amargo do desenfreado
gosto do amar e não ser amado.  

#K.Vieira

Perfil

" Eu já não tenho mais aquele humor cínico que me inspirava a ser poeta, agora possuo uma fonte de água limpa e seca, virei imitador e tradutor de versos alheios.
Morreu a condição que eu tinha de me (des)escrever, hoje só consigo (des)escrever o outro, e acredito que seja melhor assim.
Isso me rende mais tempo com os pensamentos livres de desafeto e dor.
Confesso que sempre odiei aquele vazio das palavras sem dedicação, acho que meus versos, embora falem de outra alma, servem muito mais agora do que quando eu os condenava a permanecerem em minhas mãos ".   

terça-feira, 31 de maio de 2011

À você, que me serve de inspiração

Eu deito, mas minha mente ferve, um turbilhão de palavras ganha meu sono, e acordo, levanto, vou à janela, e sinto o sereno que se apresenta em forma de vento manso.
Me aproximo de uma folha de papel, ela me chama, grita meu nome, se contorce toda sobre a mesa, e me rendo, me sento, escrevo.
Enquanto eu escrevo, as palavras movem-se numa dança circular, num zig zag do tempo, vem e vão como os primeiros passos de uma aula de balé. Os pensamentos me exilam a existência, e como num ato imprevisível, sua face surge, e não entendo o por quê dessa loucura revestida de candura, mas é a sua imagem que me vêm a mente, é o seu cheiro que perfuma o ar, é o seu sorriso que vem deitando a lua, é você que surge em forma de poesia. 
Troco de lugar, mudo de sala, minhas pernas cansadas alteram o jeito de sentar, me posiciono de frente pra janela, de costa para o espelho, ao lado da cama. Olho fixamente pro papel, ele não tem vida, e a caneta até reclama. Rabisco algumas palavras, mas não tem cor, não tem sentindo, as frases permanecem mudas, frias, e enquanto eu não colocar pra fora, vomitar tudo que tem em minha mente, não deito, não durmo, não sonho. E lá me vem você de novo, e mais uma vez eu não entendo, não entendo por que seu rosto me persegue frisando a minha testa e enrugando a minha mão, você me aparece e evapora, não consigo entender o gosto de sua aparição. 
Vou até a sala, caminho entre os espaços da casa enquanto todos dormem, e os ouço de leve, como se o ressonar dos peitos cansados do caos matinal fossem parte de uma sinfonia completa, cantam cifras inteiras entre um quarto e outro, músicas da madrugada silenciosa e preguiçosa, que fabrica os ladrões de atos sorrateiros e renova os votos dos amantes mortais.
Enquanto caminho, sinto o cheiro doce do teu sorriso me perseguindo pelo corredor, impregnou o meu lenço, escureceu a minha vista, e como num ritmo desenfreado de cor, de repente me surge você inteiramente a minha frente, sem malícia, sem pudor, apenas você.
Ouso tocar a sua face, mas me contenho, você se torna mais bonita a distância, e tenho medo que meus dedos estraguem a beleza da sua dança, então eu sento e deixo você me ler.
Você me olha profundamente como se adentrasse a minha alma, despisse a minha áurea, e transformasse tudo em uma única coisa, me deixando sem saída, sem ação. Seu olhar me fuzila a face, me detém o gesto, me alimenta o coração. Você sorri, e por trás de um emparelhado e brilhante muro de dentes, o mistério se desfaz, e a nuvem que abafava o concreto que sufocava as minhas palavras, cai como véu, cai pelo chão. E agora? Agora eu entendo o clarão de seus olhos a me controlar.
E parecendo ouvir a minha súplica, fazes uma pausa, e me deixas te vê, mas não vejo uma pessoa, um ser, o que consome meus olhos são luzes, a tradução de toda a minha fonte inesgotável de inspiração. Então passo a entender a sua perseguição em meus sonhos, as suas aparições em meus delírios e surtos, tudo fruto da minha falta de concentração e aliamento.
Cada escritor tem uma água que banha e renova suas palavras, tem um mix que alimenta as suas frases. E eu, antes perdido de tempos em tempos a procura desse julgamento, não conseguia te enxergar. Mas era você que me vinha perturbar, por que sempre fora você a fonte de alimento para minhas palavras.

Agora que já sei a verdade, do que se trata o nosso 'compromisso', antes que se vá eu te faço uma prece, que mesmo distante, ausente, possa sempre me visitar, já que é você a minha aliança com o céu inspirador. E sendo eu o escritor, que nosso elo seja contemplado pelo tempo, ultrapasse o vigor da história que conduz a vida, não se perca entre o afeto e o desamor dos apaixonados, entre a paixão com que escrevo e a insanidade do que deixo de contar.
Peço-te que me venha, venha de manhã, a noite, a qualquer hora, só te peço que não me deixe de inspirar.
Depois que eu terminar de escrever mais esse parágrafo, o lerei pra você, quero que saibas de tudo, de tudo que tua imagem me faz escrever. E quero que seja você, sempre a primeira pessoa a ler. 

Karine Vieira

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Meus dedos sobre o papel

Meus dedos calejados sobre o papel renovam o ritual de manter acesa a chama do escritor.
Então escrevo, escrevo, mas já não tem sentido o que leio, e me vejo como náufrago de um oceano desértico de ilhas.
A madrugada se aproxima, há uma nuvem encobrindo o azul do céu, e aqui em baixo reflete todo esse enigma, como a sombra que se deita debaixo do dorso de um corcel.
A dança da caneta entre os dedos me planta o gentil jeito de fazer frases sem mantras, só títulos pequenos que cabem em textos, passageiros de vida mansa.
Escrevo palavras estranhas, e é como se minha mente, antiga e caduca, avistasse a sua frente o sereno do dia final, e pra sobreviver me apego a esses relatos de tragédias e comédias alheias, o cotidiano em seu fluxo natural.
Transcrevo os laços vividos por outras vidas, os medos fortuitos de outros olhos, e tudo se abraça como se morassem no mesmo abrigo, abrigo de graça e solidões que magoa a alma que sofre, que geme, e carece de gentileza e afeto de corações.
Me alimento de uma arte pura e mágica, que sai de uma fonte inesgotável de candura e angelismo, pois poucas coisas fascinariam os homens quanto a sua própria essência abarrotada de sonhos visíveis e tocáveis, e assim se sente aquele que escreve, assim me sinto quando escrevo.


by:KarineVieira

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Em conversas minhas

Ontem, conversando com alguém:  


[...] Pensei que palavras não pudessem mudar o rumo das coisas.
   Daí me deparei com os grandes escritores, pensadores, poetas da história da humanidade, e me senti completa, me senti parte deles também. Me senti protagonista de um sonho que já vem sendo sonhado a muito tempo.
   E quando voce diz que fica sem jeito com o que falo, confesso, me alegra muito mais do que se você ousasse em dizer que se apaixonou por mim. Rsrs...
   A revolução que propõe aquele que escreve, assim como eu,
   é essa.
   É poder alimentar a alma das pessoas através das palavras, aliás, de algo bem além, daquilo que estar por trás delas, ou seja, um mundo infinito de possibilidades.

terça-feira, 24 de maio de 2011

É difícil um recomeço, mas tenho que tentar


E eu levarei um gosto doce daquele beijo.
Pra me acompanhar nas tardes solitárias,
e acalmar as noites de perigo.
Eu guardarei o brilho daqueles olhos,
Pra me iluminar e alimentar os sonhos,
e eliminar o pavor dos pesadelos.
Eu lembrarei da sua mão segurando a minha,
Pra me ajudar a levantar quando o tempo me perseguir,
e pra me segurar quando alguma dor vier me ferir.

Eu só preciso que tudo fique na minha lembrança,
aqui, a saudade não corre perigo, 
dentro do meu silêncio transformarei em esperança,
pra ninguém apagar aquilo que um dia me foi proibido. 

by:KarineVieira

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Me leva


Me leva nuvem, me carrega entre os céus vestido de anil, num celestial e majestoso vôo.
Me leva pássaro, me deixar ir em tuas asas, pequenas e tão bravas, num arco circunscrito de reflexo da imensidão.
Me leva vento, me faz cair nas graças do tempo, sem remédio me faz flutuar,
cavalgar entre os astros, me perder no espaço.
Me leva coração, me carrega em teus braços, num laço sincronizado de culpa e afago,
me torna o teu bem amado, o único elo entre o céu e você.

by:KarineVieira

sábado, 21 de maio de 2011

Meu lado independente

Meu lado excêntrico
não me deixa gostar dessas formas convencionais de ser feliz.
Pode parecer radicalismo, mas não deixa de ser autentico.

by:KarineVieira

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Depende do meu humor

Posso ser menos romântica quando quero, e posso até não ser.
Depende sempre do meu humor.
O romantismo que tenho não define o quanto sinto por alguém ou algo,
tampouco revela o que tem de mais puro dentro da minha alma.
Se falo e canto poesias transformo todo o meu silêncio em amor.
Mas o que revelo em sinfonias não retrata nem um terço do que sou.

Sou um verbo inacabado, cínico e surreal, tenho gosto meio amargo, pois sou humano e vendaval.
Sou de uma era desconhecia, enfraquecida ou perdida,
não sou poeta nem cantor, mas já fui um trovador.

terça-feira, 17 de maio de 2011

O que mais sei...

O que mais sei é que nada sei da vida, e por mais que a viva,
estarei sempre dentro de um grande enigma, numa clausura ritmada pelo tempo,
entre o começo e o fim. 

By: KarineVieira

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O homem e o sábio

O sábio: Tive um dia muito produtivo.
O homem: Quantos negócios você conseguiu realizar?
O sábio: Nenhum!
O homem: E por que seu dia foi produtivo, se você não conseguiu sequer fechar um negocio?
O sábio: Pra mim, a minha maior produção não está nos negócios que posso fechar, ou o quanto de dinheiro posso ganhar, mas em quantos sorrisos posso tirar de alguém.
O homem: Quantas pessoas fizestes sorrir então?
O sábio: Uma só.
O homem: Pensei que fosse capaz de fazer mais...
O sábio:  A quantidade de pessoas não mede a felicidade que um sorriso pode trazer aquele que o dar, e a quem o recebe, isso é mais um estado de espírito do que qualquer outra coisa definida.
O homem: É, mas as possibilidades são poucas.
O sábio: Mas eu fiz.
O homem: E como fizestes?
O sábio: A vi sozinha na praça, sentei ao seu lado, não disse uma só palavra, até que ela me sorriu a primeira vez, sorri de volta, e ela sorriu novamente em forma de agradecimento. Não perguntei seu nome, não fiz uma pergunta sequer, notei que ela só queria uma companhia, e eu a dispus da minha.
O homem: Sim..e daí? Até ai só contei dois sorrisos..cadê os outros?
O sábio: Ela pegou a minha mão, a segurou por um largo tempo, e vi em sua face uma doce alegria, e bem de leve, seus lábios sorriam comovidos com o resto de sol em sua face ao entardecer. 
O homem: Afinal, quem era ela?
O sábio: Não sei.
O homem: Mas você não perguntou nem a idade, e o que fazia ali? Sozinha?
O sábio: Não precisei, suas vestes a denunciava muito, alias, não tinha mais do que aquilo, e sua idade, definitivamente eu não precisava saber, porque era apenas uma criança.
O homem: ...
O sábio: ...
E aquele silêncio entre eles findou o dia, depois de uma dose de alegria no peito de um alguém.
"Aprenda a ser útil, não porque alguém precisa de você, mas porque você sempre irá precisar de alguém".

 by: KarineVieira

sábado, 14 de maio de 2011

E depois de um longo tempo...

E se depois de um longo tempo de espera, continuares sem resultados,
permita-se a uma pausa e reflexão,
o tempo pode não ser suficiente sem suas atitudes. 

By: KarineVieira

quinta-feira, 12 de maio de 2011

É só por hoje!


Deixe de lado toda essa sua arrogância, vamos, não doi tanto assim.
É só por hoje.
Saia por aí, vá ver o mar, cerque-se de pessoas que gostem de você,
ou que se dizem gostar, não importa.
É só por hoje.
Olhe-se no espelho, olhe como está seu rosto, encare um tempo consigo mesmo,
levante-se e reaprenda a caminhar, tudo pode ser bem melhor, mas é só por hoje.
Veja como está a rua em que mora, como seus vizinhos mudaram,
como você mudou.
Hoje, diga pra alguém como vai sua felicidade, ensaie algumas palavras bonitas, e repita alguns versos prontos.
É só por hoje.
Quando o dia acabar, antes de recolher-se ao seu quarto, a sua cama, aos seus sonhos, reze, ore, faça uma prece, rogue, clame, é só por hoje, amanhã, você pode repetir, se quiser, mas agora, é essencial que vivas, e viva hoje!

by:KarineVieira

terça-feira, 10 de maio de 2011

E agora?


Não há príncipe a cavalo em meus sonhos, nem o idealizo em meu futuro. E agora?

Essa maneira convencional de ser feliz já não me enquadra tanto assim, sou de um módulo diferente, de um sentido mais profundo, mas de uma infinita destreza de sentimentos, que só sentindo pra saber.
E agora, como encontrar a felicidade num mundo desigual, desumano, desproporcional?
Entre os prefixos DES que só atinge meu lado irracional, acabei encontrando algo que me atrai, o DESconhecido.
De fato, me preocupei muito com esses meios padronizados de felicidade atemporal, ou até mesmo finita.
Mas e agora? Não tenho a quem, nem pra onde recorrer, somente a mim mesma, que é a parte mais interessada no bem estar.
Realmente, não consigo ver um futuro além dos olhos do meu mundo pessoal, mas nesse meu instante de insanidade, consigo ver o vento que sopra la fora, sinto o cheiro de livros na estante de uma sala, e o melhor, nesse meu futuro que só eu reconheço, também ouço passos pelo corredor de uma casa, e nela há gargalhadas, pessoas conversando..alegres.
Suponho que seja a minha, a minha casa, a minha familia.
Daí, passo a acreditar no meu futuro, e na minha possível felicidade. 


by:Karine Vieira

sábado, 7 de maio de 2011

Não tenho medo de ser feliz


Não me alivia as costas dizer que já não me importo com algumas coisas, com algumas pessoas, nem de certa forma, com o que a vida tem pra mim.O que me deixa sem reclamações sobre tudo o que me acontece, é a maneira que venho aprendendo a viver, e o que posso fazer disso.


A forma que cada um desenvolve de enxergar somente o que quer, sejam coisas boas ou ruins, é o que fará toda a diferença quando alguém se propõe a ser feliz.

' As coisas - e não as pessoas e seus sentimentos - são relativas.
Aprenda, antes de mais nada, como dividir o ódio e suas consequências nas suas decisões.
Um dia, alguém pode te fazer o mesmo, do que hoje, você se orgulha em fazer ' 

by: Karine Vieira

Só Mãe

Quando nasci, um ser pequeno e indefeso me foi apresentado um anjo, em segredo.
Quando nasci, eu tinha medo, e meu anjo me deu de presente um abraço, abrigo, afeto.
Quando nasci, eu era somente um, mas meu anjo me pôs nos colo e a solidão me abandonou, me senti em segurança.
Quando nasci, eu sentia muito frio, e meu anjo me colocou roupas, me pôs pra dormir.
Quando nasci, meu anjo me ensinou a sentir algo imenso e muito puro, o amor.
Hoje, crescida, descobri que meu anjo não tem nome, simplesmente o chamo de:  mãe.