quinta-feira, 28 de abril de 2011

E essa nossa falsa liberdade




Queria uma parte dessa tal liberdade que estampa os livros, essa que aparece cada vez mais frequente nas dicotomias agudas dos escritores modernos.
Queria uma simples fração de segundo, pra provar desse gosto incrédulo de me vê capaz de atos sem que haja a peleja da misericórdia divina ou social, e que de maneira alguma, não me fosse imposto uma sentença depois.
Queria ser livre em espontânea vontade e sem ressentimentos colaterais e unificados.
Queria provar de um gosto nobre de ir e vir sem me justificar, e não ter que pagar pedágio aos bolsos reguladores da conduta humana.
Queria ter acesso a todos os lugares sem estreitos aborrecimentos, e que meu dinheiro não pudesse ser mal visto por ser de gente honesta e trabalhadora.
Queria que essa minha sensatez momentânea me acompanhasse por uma longa estrada a fora, mas pra minha sorte, só tenho insanas acusações e insatisfações quando alguma coisa não me vai bem, não me cai bem, ou simplesmente por que não estou bem.

Procuro achar um meio que justifique minhas dores, meus erros, e desamores.
Como se os meus pensamentos desenfreados pudessem ser a solução para os meus atos inacabados e de péssima sofisticação.
Não nasci nobre muito menos social, tudo isso é inventado, por conta de uma ordem desproporcional.
Somos aceitos como devemos ser, sem crises momentâneas, a maioria nunca consegue vê.
Tudo passa de uma farsa, e essa liberdade tão solene, é fruto de um campo minado em que nos impuseram pra percorrer.


by: KarineVieira