sexta-feira, 14 de maio de 2010

Se for tarde, me guarde.




E dos dias a beira mar, guardo o toque suave dos seus dedos ao violão,
guardo o teu sorriso doce a luz da Lua,
lembro da sua voz embalando as canções.


Não lembro muito dos teus olhos que me intimidaram,
nem das caretas que me animaram.
Mas guardo o lamento quando meu coração chorou,
e guardo o sussurro do pranto que me calou.


Lembro das tardes que conversavamos,
e lembro das noites que viajavamos nas estrelas.
Lembro do encontro da minha mão na sua,
e lembro do beijo que afogou meu peito.


Não lembro dos dias que me fez esperar,
nem das mentiras que me fez ouvir.
Não lembro das vezes que te vir correr,
nem das vezes que me fizestes fugir.


Sei que guardo o bom gosto de suas músicas,
e o cheiro suave que deixavas ao passar.
Guardo o silêncio do seu olhar perdido,
e o tom seguro de sua voz a me chamar.

Lembro do seu peito batendo apressado,
e do meu medo de me apaixonar.
Não lembro do amor que me juravas,
nem do quanto eu quis acreditar.

Mas lembro dos meus olhos pedindo a sua volta,
e do meu coração que chora pelas estrelas que perdi.
Chora pelas canções que deixei de ouvir,
pelos planos que desfiz,
e por esse amor que chegou ao fim.

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