domingo, 5 de junho de 2011

Sementes


Ontem, escutando os pássaros enquanto comiam seus míseros grãos, me veio a cabeça a utilidade da semente, não apenas como nutriente que germina o futuro alimento, mas como a vida que brota do anonimato e da inércia da existência, pobre matéria sem cor.
Que mesquinhos somos nós, selvagens que aprendendo a ser livres, esquecem da sua verdadeira condição, fadados a atos e escolhas próprias, sem arbitrariedade e subversão.
Então, contenho meus pensamentos que saem a procura de meios mais fáceis pra sobreviver, possuir uma vida com textos menos enfáticos e audaciosos, que apenas sejam leves e só um pouco exigente, sem medo do retorno ou de não tê-lo.
Somos como as sementes, que não sabem pra que fim existem, ou pra que serve afinal a sua utilidade de venda.E assim como as sementes, poderíamos apenas germinar e originar boas árvores, e como num ciclo de subsistência real, ser abrigo de ninhos, ninhos de amor, sem forma, sem corpo, sem jeito, do amor puro que nos deu Deus, quando nos dias da criação, soprou de suas narinas e nos abençoou.

by:KarineVieira

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